domingo, 11 de novembro de 2012

Super-Homens de Mentirinha


Estamos acostumados com a guerra publicitária entre as cervejarias, lojas de eletrodomésticos, montadoras de automóveis, sabão em pó. Em meio a essas tradicionais disputas de mercado, surge um novo filão, o dos energéticos. Há pouco conhecíamos apenas a marca “que nos dá asas”, porém percebe-se que na mesma proporção em que se aumenta o consumo, também cresce o número de opções de marcas disponíveis nas gôndolas de supermercado e freezers de bares.
            Os energéticos tem como componente principal a cafeína, que estimula o sistema nervoso central. Ao chegar no córtex cerebral, a cafeína inibe a ação dos neurotransmissores, especialmente o do sono, diminuindo a frequência cardíaca, entre outras coisas.
            Os fabricantes incutem nos consumidores a ideia de que ao se tomar a bebida, o organismo ganha mais disposição e energia, ficando livre da fadiga e pronto para o que der e vier. Essa jogada de marketing funciona, pois a maioria das pessoas gostaria de ter pique suficiente para trabalhar por longos períodos sem precisar descansar; também suportar noitadas e mais noitadas nos bares e baladas, podendo beber e azarar a vontade.
            Um público diversificado costuma fazer uso de energéticos, para diversos fins. Há aqueles que utilizam para poder trabalhar por mais tempo sem a necessidade de pausar, como caminhoneiros, taxistas, médicos entre outros profissionais. Há ainda aqueles que bebem os famosos “energy drinks” para poderem aproveitar as opções da noite até o último limite, podendo dançar, paquerar e se divertir com os amigos sem demonstrar sinais de cansaço.
            Um problema verificado é quando se mistura energético com bebidas alcoólicas, fazendo com que o indivíduo consuma mais álcool do que o normal, pois o sabor fica mais atrativo e quando se dá conta já está com uma concentração exorbitante da substância na corrente sanguínea.
Devido à alta concentração de gás carbônico existente na fórmula do produto, com o uso contínuo pode provocar sérios problemas estomacais, cardíacos, entretanto o mais preocupante é o fato de que os energéticos podem causar dependência, pois chega-se a um ponto em que o cérebro acostuma-se com a bebida, consequentemente ficará estafado caso não receba doses do mesmo em intervalos regulares.
            Segundo profissionais de saúde, o uso de energéticos consiste em um ato de consumir algo para fazer parte de um grupo, a princípio, porém pode viciar, por tratar-se de uma droga e sendo lícita facilita a compra por qualquer pessoa. Ainda, segundo eles, a combinação de álcool+energético é preocupante. Os consumidores do produto, dizem que gostam da bebida por possuir um sabor agradável e lhes propiciar mais disposição em suas atividades, não consideram uma droga.
            Cada um tem o livre arbítrio para decidir sobre seu corpo, porém será que adianta ingerir algo que proporcionará a falsa impressão de que somos super-homens? Quando na verdade não passaremos de super-homens de mentirinha?

A Vida é Mais

      Com a revolução da internet, é cada vez mais comum ver as pessoas ficarem a maior parte do tempo em casa, na frente do computador. Sim, acredito que essas máquinas super-inteligentes foram uma das melhores invenções da história da humanidade, porém tudo em excesso faz mal.
      Facebook, uma febre que se espalhou pelo Planeta todo e até os mais conservadores acabaram criando um perfil na rede, por livre e espontânea vontade ou pela pressão de ter que se sentir parte integrante da massa. 
      Crianças com cada vez menos idade já estão integradas nesse mundo virtual, expondo lá suas fotos, escola onde estuda, quem são seus amigos. Todos sabemos que a pedofilia esta mais perto do que possamos imaginar, onde fica a supervisão dos pais nessa hora? será que fazem ideia do risco que seus filhos estão correndo?
      Vida social, outro fator relevante. As pessoas estão deixando de sair para eventos ou mesmo andar pelas ruas e parques da cidade. Deixando assim de ver a sociedade em movimento, de estar em contato real  com os demais, de dar um aperto de mão, "colocar a fofoca em dia" ao vivo e a cores.
       A vida é mais que uma rede social, a vida é feita de gente de carne e osso, que sente dor, que sorri, que chora. A vida é feita de momentos e não somente de login e logout.